12 março 2007
Biografias
Não li a biografia do Primeiro-Ministro no semanário “SOL” tão badalada durante a semana toda em grandíssimos anúncios publicitários, que ocupavam uma página inteira, em jornais diários, como «O Público». Mas o “bloguer” JOSÉ leu e teceu um longuíssimo comentário crítico. Valerá a pena transcrever este trecho, recomendando-se a sua leitura integral em www.grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com
As biografias dos nossos políticos mais notórios, publicadas numa dúzia de páginas das revistas semanais, costuma ser florilégio de referências hagiográficas, pois todas contêm imagens serôdias de anjinhos de procissão, do tempo em que o Estado e a Igreja davam as mãos, em comunhão concordatária.Aconteceu com Cavaco, Guterres e agora Sócrates que aparece na Tabu de Sábado, em 20 páginas resumidas e também sumidas de referências seguras, reveladoras do verdadeiro perfil do Primeiro que agora manda no Executivo.
(…) Ao contrário do que foi anunciado, em pancartas publicitárias, a entrevista não é a história da vida de Sócrates. É apenas uma operação de imagem, com relato de episódios simpáticos, em registo de puro spin, que o Sol patrocinou, porventura conscientemente e com interesse mútuo. Afinal, as vendas de jornais dependem destas coisas. O Diário de Notícias de hoje, Domingo, dirigido por um incrível Miguel Gaspar, amplifica o efeito com as páginas de abertura, numa suspeita operação alargada de OPV de imagem do nosso Primeiro.Em 20 de Fevereiro último, o Público, em artigo de Ricardo Dias Felner, adiantou um artigo ainda mais interessante, sobre o perfil do Primeiro.
(…)
Terá algum interesse saber quem é o Primeiro Ministro que governa o país, com maioria absoluta e que tem concentrado em si mesmo, na sua pessoa política, uma fatia de poder já perigosamente alargada?A ociosidade da resposta, convidaria a que este tipo de abordagens jornalísticas, deixasse um pouco mais de lado a aura hagiográfica e se centrasse um pouco mais na personalidade verdadeira e real do entrevistado, com a apreciação crítica das incongruências de quem tomou as rédeas de um poder, delegado pelo povo.Porém, assim não acontece. Este tipo de artigos, alguns a rasar o plano da sabujice mas chã, contribui ainda mais para a mitificação dos governantes e a ausência de críticas que se possam ouvir à sua acção política.
(…)
As biografias dos nossos políticos mais notórios, publicadas numa dúzia de páginas das revistas semanais, costuma ser florilégio de referências hagiográficas, pois todas contêm imagens serôdias de anjinhos de procissão, do tempo em que o Estado e a Igreja davam as mãos, em comunhão concordatária.Aconteceu com Cavaco, Guterres e agora Sócrates que aparece na Tabu de Sábado, em 20 páginas resumidas e também sumidas de referências seguras, reveladoras do verdadeiro perfil do Primeiro que agora manda no Executivo.
(…) Ao contrário do que foi anunciado, em pancartas publicitárias, a entrevista não é a história da vida de Sócrates. É apenas uma operação de imagem, com relato de episódios simpáticos, em registo de puro spin, que o Sol patrocinou, porventura conscientemente e com interesse mútuo. Afinal, as vendas de jornais dependem destas coisas. O Diário de Notícias de hoje, Domingo, dirigido por um incrível Miguel Gaspar, amplifica o efeito com as páginas de abertura, numa suspeita operação alargada de OPV de imagem do nosso Primeiro.Em 20 de Fevereiro último, o Público, em artigo de Ricardo Dias Felner, adiantou um artigo ainda mais interessante, sobre o perfil do Primeiro.
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Terá algum interesse saber quem é o Primeiro Ministro que governa o país, com maioria absoluta e que tem concentrado em si mesmo, na sua pessoa política, uma fatia de poder já perigosamente alargada?A ociosidade da resposta, convidaria a que este tipo de abordagens jornalísticas, deixasse um pouco mais de lado a aura hagiográfica e se centrasse um pouco mais na personalidade verdadeira e real do entrevistado, com a apreciação crítica das incongruências de quem tomou as rédeas de um poder, delegado pelo povo.Porém, assim não acontece. Este tipo de artigos, alguns a rasar o plano da sabujice mas chã, contribui ainda mais para a mitificação dos governantes e a ausência de críticas que se possam ouvir à sua acção política.
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