20 fevereiro 2007
Desinteligências públicas e kafkianismo
As pretensas “desinteligências públicas entre altos magistrados” a propósito das custas do “habeas corpus” para obtenção da libertação do sargento Luís Gomes “não condenaram, uma vez mais, a justiça à pesada sentença da descredibilidade”, ao contrário do que escreveu o jornalista João Garcia do “Expresso”, que substituiu o arguto José António Lima nos “Altos e Baixos.” Chamar “desinteligência públicas” a opiniões divergentes, em matéria de interpretação da lei, é, no mínimo, não saber do que se está a falar. E dizer que há descredibilização da justiça, porque nem eles (os tais altos magistrados) se entendem, é ter uma visão demasiado popularucha da justiça. Quem assim se descredibiliza não é a justiça, de certeza.
E já que falo do “Expresso”, o seu Director, Henrique Monteiro, talvez pudesse arranjar uma melhor história, e mais consistente, para ilustrar aquilo que já é um lugar comum, sempre que se fala de justiça – o seu kafkianismo.
E já que falo do “Expresso”, o seu Director, Henrique Monteiro, talvez pudesse arranjar uma melhor história, e mais consistente, para ilustrar aquilo que já é um lugar comum, sempre que se fala de justiça – o seu kafkianismo.