21 novembro 2007
A psicologia não é uma ciência exacta
Francamente não percebo a ideia peregrina do PS em atribuir carácter vinculativo ao parecer negativo do psicólogo nos exames e acesso à magistratura.
A minha experiência de alguns anos como membro de júri de avaliação é precisamente no sentido de que o exame psicológico não pode ser mais do que uma informação, mais uma, que o júri deve apreciar na avaliação global do candidato. Converter a avaliação psicológica em elemento determinante da admissão/exclusão do candidato é erigir a psicologia em ciência exacta, infalível. Nas mãos de um técnico (ou será "cientista"?) é colocado o poder decisivo de admissão na magistratura. Segundo que critérios? De acordo com que perfil de magistrado?
A minha experiência de alguns anos como membro de júri de avaliação é precisamente no sentido de que o exame psicológico não pode ser mais do que uma informação, mais uma, que o júri deve apreciar na avaliação global do candidato. Converter a avaliação psicológica em elemento determinante da admissão/exclusão do candidato é erigir a psicologia em ciência exacta, infalível. Nas mãos de um técnico (ou será "cientista"?) é colocado o poder decisivo de admissão na magistratura. Segundo que critérios? De acordo com que perfil de magistrado?