12 julho 2008

 

IVG: algumas primeiras conclusões

Aqueles que acendem velinhas à porta dos hospitais onde se pratica a IVG deviam atentar nos dados que o Director-Geral de Saúde divulgou, agora que passa um ano da vigência da lei despenalizadora, desde logo os que se referem à queda vertical das septicémias e das perfurações de órgãos provocadas por aborto clandestino e inseguro.
Também se recomenda àqueles veladores a informação de que houve 700 mulheres que optaram pelo prosseguimento da gravidez após a consulta prévia de aconselhamento, prova de que esta não constitui um mero procedimento burocrático.
Mas outros dados importa reter. O número de IVG realizadas no sistema de saúde foi de 14 247, sendo a esmagadora maioria por método medicamentoso, que é o método aconselhável quando utilizado até à 9ª semana. Note-se também que foi o sistema público que assumiu a grande maioria dos actos, contrariamente ao que sucede em Espanha, onde a IVG está "privatizada".
Por último, registe-se que a objecção de consciência não constituiu obstáculo à aplicação da lei, tendo o Estado providenciado pela disponibilização dos meios necessários à realização da IVG sempre que requerida nos termos legais, sem prejuízo do respeito pela objecção dos objectores.
Um balanço francamente positivo, pois, da aplicação da lei.





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