22 fevereiro 2009
Os ricos que paguem a crise
Pelos vistos, também pertenço à categoria (ou classe?) dos ricos. Isto, a avaliar pelas politicas que se preparam no sentido de reduzir os benefícios fiscais no âmbito da saúde e das despesas escolares de alguns dos contribuintes.
Esta categoria, no meu caso, acumula-se a uma outra: a de privilegiado. Privilegiado, sim, e nesse âmbito já me foram sacados alguns privilégios, a mim e a outros privilegiados, tais como professores, policias, membros das Forças Armadas e funcionários públicos em geral. Todos esses foram expostos no pelourinho público justamente por serem privilegiados, numa espécie de revisionismo que pôs em causa a teoria reaccionária dos chamados “direitos adquiridos”, concitando contra tais detentores de privilégios injustificados o opróbrio público.
Agora, para além de privilegiado, também sou rico, por ganhar um pouco mais de 5.000 euros mensais.
Ah, não pertencer eu e outros ricaços como eu ao grupo dos capitalistas (banqueiros, accionistas, empresários)!. Esses têm o privilegio (perdão!) o direito de acumularem vultosos lucros, de especularem na bolsa com o dinheiro deles e dos outros, sempre com a benevolente compreensão do fisco, de fazerem perigosas jogadas de engenharia financeira e negócios fantasiosos, pondo em risco a estabilidade económica e social e conseguindo, não obstante isso, ajudas do Estado, depois de terem empochado os seus milhões, postos a recato em offshores, enfim, o direito de, à custa da crise, engendrada pelo sistema de que eles próprios foram os arautos e os agentes, despedirem trabalhadores em série, diminuindo o número dos que estão no activo e exigindo a estes um esforço redobrado ou triplicado, para não diminuírem (ou até para aumentarem) os seus lucros.
Os ricos, pois, que paguem a crise. Os ricos, isto é, os que auferem pelo seu trabalho pelo menos 5.000 euros mensais, suportam já, por isso mesmo, uma grande parte da carga fiscal, declaram infalivelmente ao fisco os seus rendimentos e não dispõem de offshores para darem melhor emprego àquilo que ganham.
Esta categoria, no meu caso, acumula-se a uma outra: a de privilegiado. Privilegiado, sim, e nesse âmbito já me foram sacados alguns privilégios, a mim e a outros privilegiados, tais como professores, policias, membros das Forças Armadas e funcionários públicos em geral. Todos esses foram expostos no pelourinho público justamente por serem privilegiados, numa espécie de revisionismo que pôs em causa a teoria reaccionária dos chamados “direitos adquiridos”, concitando contra tais detentores de privilégios injustificados o opróbrio público.
Agora, para além de privilegiado, também sou rico, por ganhar um pouco mais de 5.000 euros mensais.
Ah, não pertencer eu e outros ricaços como eu ao grupo dos capitalistas (banqueiros, accionistas, empresários)!. Esses têm o privilegio (perdão!) o direito de acumularem vultosos lucros, de especularem na bolsa com o dinheiro deles e dos outros, sempre com a benevolente compreensão do fisco, de fazerem perigosas jogadas de engenharia financeira e negócios fantasiosos, pondo em risco a estabilidade económica e social e conseguindo, não obstante isso, ajudas do Estado, depois de terem empochado os seus milhões, postos a recato em offshores, enfim, o direito de, à custa da crise, engendrada pelo sistema de que eles próprios foram os arautos e os agentes, despedirem trabalhadores em série, diminuindo o número dos que estão no activo e exigindo a estes um esforço redobrado ou triplicado, para não diminuírem (ou até para aumentarem) os seus lucros.
Os ricos, pois, que paguem a crise. Os ricos, isto é, os que auferem pelo seu trabalho pelo menos 5.000 euros mensais, suportam já, por isso mesmo, uma grande parte da carga fiscal, declaram infalivelmente ao fisco os seus rendimentos e não dispõem de offshores para darem melhor emprego àquilo que ganham.