13 junho 2009

 

Afeganistão: guerra sem fim à vista

O Afeganistão pode tornar-se no Iraque de Obama. A guerra arrasta-se sem fim à vista e a situação militar piora. E para os afegãos as coisas pioram ainda mais: os "danos colaterais" (ou seja, os ataques indiscriminados que atingem sobretudo os civis) são cada vez mais frequentes e mais intensos. De tal forma que até Karzai, o "presidente", se tem visto obrigado, para não perder completamente a credibilidade junto do "seu" povo, a "protestar" e a pedir responsabilidades aos americanos. Estes, é claro, dizem que a culpa é dos civis, que andam sempre misturados com os taliban...
Obama dixou-se arrastar para a "solução militar" quando parecia inicialmente inclinado para uma solução negociada. Mas a solução militar parece cada vez mais problemática. A intensidade de ataques dos taliban não pode deixar de significar apoio por uma parte substancial da população, apoio que se vê obviamente reforçado pelos "danos colaterais" conbstantes.
Desde meados do sec. XIX que o Afeganistão é objecto de sucessivas ocupações e dominações estrangeiras. Nenhuma sobreviveu duradouramente; todos os ocupantes retiraram (se possível em boa ordem).
Não é provável que a história seja desta vez desmentida. Apostar na "solução militar" é provavelmente apostar no cavalo errado. Mas Portugal parece apostado em apostar nesse cavalo...





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