01 novembro 2009
"Novo começo" do "Público"?
Hoje deu-se a anunciada mudança de director do "Público". E no editorial fala-se de um "novo começo". Talvez seja exagero, porque se mantêm dois dos três anteriores directores-adjuntos. Mas é evidente a intenção por parte da actual direcção de se demarcar da anterior. Há aliás o reconhecimento de que o jornal perdeu "credibilidade" com os "incidentes que rodearam a última campanha eleitoral" (ou seja, com a notícia sobre os "espiões" e as "escutas"), e também de "um excesso de peso ideológico no jornal". De facto, "Público", sob a direcção do cessante director, não se cansava de doutrinar diariamente os seus leitores sobre as vantagens e a inevitabilidade do liberalismo económico e as ilusões da regulação do Estado na economia, as ilusões dos direitos fundamentais sociais e económicos, etc. Foram também os anos de intenso alinhamento com Bush e a direita israelita.
Esperemos, então, menor "peso ideológico" e mais isenção, como agora se promete.
Esperemos, então, menor "peso ideológico" e mais isenção, como agora se promete.