10 novembro 2010
O processo Casa Pia - Parte II
O processo “Casa Pia” entrou agora numa nova fase: a dos recursos para o Tribunal da Relação e uma nova frente nos meios de comunicação social. Esta última tende a sobrepor-se e a ofuscar a primeira, ou não fosse este um processo que, desde sempre, jogou forte no campo mediático. O seu objectivo é criar um clima propício à adopção de certas teses, principalmente as que são favoráveis a quem sempre apostou na comunicação social como meio privilegiado de fazer prevalecer os seus pontos de vista ou, simplesmente, enfraquecer a decisão na opinião pública pela divulgação de erros, falhas e contradições, redundando em nulidades. Primeiro, foi um deslize; depois, parece que mais outro e a seguir outros virão. Claro que tudo isto aparece logo nas primeiras páginas dos jornais, nos noticiários da rádio e nos telejornais das televisões. Nesse aspecto, a comunicação social faz bem o seu serviço, dando o devido destaque ao que se lhe afigura ser uma notícia de primeiro plano, ao mesmo nível dos juros da dívida soberana. Ao fim e ao cabo, é tudo uma questão de soberania.
Não é nada estranho que no processo, com os meios processuais próprios, respeitando a independência dos tribunais, os interessados se insurjam contra decisões que achem injustas ou que julguem enfermar de certos vícios, que as podem comprometer em maior ou menor medida. O que é estranho é que tenham necessidade de vir para a comunicação social defender os seus pontos de vista e até dar sugestões de como os tribunais superiores podem tornear as deficiências que eles apontam a essas decisões.
Não é nada estranho que no processo, com os meios processuais próprios, respeitando a independência dos tribunais, os interessados se insurjam contra decisões que achem injustas ou que julguem enfermar de certos vícios, que as podem comprometer em maior ou menor medida. O que é estranho é que tenham necessidade de vir para a comunicação social defender os seus pontos de vista e até dar sugestões de como os tribunais superiores podem tornear as deficiências que eles apontam a essas decisões.