26 junho 2012
Abolir a prostituição...
A nova ministra francesa (socialista) dos "Direitos das Mulheres" anunciou um projeto legislativo ambicioso: abolir a prostituição, mediante a criminalização dos "clientes"!
O equívoco é logo evidente: abolem-se leis, instituições, regimes jurídicos. Não se abolem práticas sociais! A prostituição não vai acabar por decreto...
Pretendendo-se emancipador e progressista, este projeto é, na verdade, tributário de uma visão ideologicamente conservadora, puritana e maniqueista do fenomómeno da sexualidade. É uma estranha simbiose de feminismo/puritanismo de cariz acentuadamente conservador.
E sobretudo não protege as prostitutas, antes as estigmatiza mais e as entrega mais facilmente à exploração, à doença, à violência.
Acresce que o fenómeno da prostituição não corresponde já aos estereótipos clássicos: "modernizou-se", diversificou-se, complexificou-se. Receitas simplistas e demagógicas como esta passam ao lado da realidade.
A proposta da, certamente bem intencionada, ministra francesa é irracional, irrealista, ineficaz. E contraproducente. (E pouco socialista, na verdade.)
O equívoco é logo evidente: abolem-se leis, instituições, regimes jurídicos. Não se abolem práticas sociais! A prostituição não vai acabar por decreto...
Pretendendo-se emancipador e progressista, este projeto é, na verdade, tributário de uma visão ideologicamente conservadora, puritana e maniqueista do fenomómeno da sexualidade. É uma estranha simbiose de feminismo/puritanismo de cariz acentuadamente conservador.
E sobretudo não protege as prostitutas, antes as estigmatiza mais e as entrega mais facilmente à exploração, à doença, à violência.
Acresce que o fenómeno da prostituição não corresponde já aos estereótipos clássicos: "modernizou-se", diversificou-se, complexificou-se. Receitas simplistas e demagógicas como esta passam ao lado da realidade.
A proposta da, certamente bem intencionada, ministra francesa é irracional, irrealista, ineficaz. E contraproducente. (E pouco socialista, na verdade.)