15 dezembro 2014

 

Um "programa perturbador" (apenas perturbador?)

"Perturbador" chamou Obama ao sistema programado de tortura de prisioneiros (com transferências ilegais de detidos, prisões secretas, etc.) que vigorou durante a era Bush, agora oficialmente assumido em relatório do senado americano... É claro que Obama tem de ter cuidado com as palavras... Mais assertivo foi o senador McCain, que disse que era "pior que criminoso". (Sabemos que Obama, enquanto não pintar a cara de branco, tem um "pecado original" que o enfraquece irremediavelmente.) Mas o se deve salientar é o caráter planificado, rigoroso, racional, que precidiu ao "programa". A racionalidade cartesiana posta ao serviço do mais ignóbil que a mente humana é capaz de imaginar... Para além da argumentação "jurídica" que foi carreada para a legitimação dos procedimentos, já conhecida, há agora conhecimento da contratação de dois "psicólogos", da família ideológica do dr. Mengele, de nomes James Mitchell e Bruce Jessen, que aproveitaram o conceito de "impotência adquirida" (esta "impotência" não tem nada a ver com sexualidade...), a partir de experiências com cães, segundo a qual, depois de perceberem que não poderiam evitar pequenos choques elétricos, os animais deixavam de resistir e nem fugiam quando podiam... Pois bem, os ditos "psicólogos" apoveitaram estas experiências em cães para formular um modelo de interrogatório dos prisioneiros, chegando inclusivamente a participar pessoalmente em alguns interrogatórios... A ciência ao serviço direto da tortura! "Perturbador", não é? É claro que Obama já prometeu que ninguém será responsabilizado. É o mundo em que vivemos...





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