09 janeiro 2016
O debate mais falado até ao momento
Vi em diferido o debate
entre Marcelo Rebelo de Sousa e Sampaio da Nóvoa. A isso me levou um artigo do Público e alguns comentários que ouvi,
que batiam a mesma tecla: a candidatura do analista tinha deixado de ser um
passeio. Comungo da mesma opinião. O loquaz Marcelo “não perdeu o pio”, mas foi
nitidamente encostado às boxes, para
empregar uma metáfora automobilística. Reconduzido a uma posição defensiva, de
mero contra-ataque, onde a falta de argumentos foi substituída por
interrogativas reiteradas, que mais não eram do que o devolver de safanões
impotentes ao adversário, Marcelo deu de si uma imagem pouco consistente,
contrafeita, nervosa, sublinhada por pequenos tiques faciais, muito ao
contrário da imagem de Sampaio da Nóvoa, senhor de si, aparentando à vontade e
articulando um discurso mais bem estruturado. A experiência televisiva de
Marcelo esboroou-se num ápice e, ali, quem pareceu, de facto, ser o Mestre, foi
o seu antigo Reitor.