03 julho 2006
(Ex-)Rebelde, mas (sobretudo) realista
É quase comovente: Joschka Fischer, o antigo jovem rebelde, o antigo deputado verde que arrastou uma árvore afectada pela poluição para o Bundestag, o ex-ministro do Ambiente do estado de Hessen que tomou posse de calças de ganga e sapatilhas, o ex-ministro federal dos Negócios Estrangeiros, vai agora, reformado da política, dar umas aulazitas na Universidade de Princeton (como irá vestido e calçado?).
Enfim, não é tão bom como o emprego que Gerard Schroeder arranjou (mas esse nunca se meteu em rebeldias, sempre foi muito atilado), mas também não é nada para deitar fora e tem um outro prestígio intelectual.
O mais interessante, porém, é a moral da história (com letra pequena): mesmo os jovens rebeldes, se tiverem bom coração e alma pura, voltam ao bom caminho. Tem sido este o percurso de tantos e tantos e tantos jovens rebeldes por todo o lado. E também em Portugal. Exemplo máximo entre nós é certamente o Presidente da Comissão Europeia: umas rapaziadas aos 18 anos, precisamente devido à generosidade do seu coração, não o impediram de tornar-se um homem realista, um dirigente nacional e internacional, depois de renegado o passado (embora algumas vezes lembrado com uma nota de ternura talvez ainda juvenil).
Aliás, a vida portuguesa actual está cheia destes ex-jovens rebeldes: pontificam na política, na comunicação social, na cultura e até no "mundo empresarial". Hoje praticam e pregam o "realismo". Para eles, em resumo, o mundo não está tão mal como o pintam (os maus) e não vale a pena "mexer-lhe" que pode ficar pior (para eles). Máxima "ética" desta gente: cada um que trate da vidinha.
E quem sabe tratar da vida safa-se: veja-se o caso de J. Fischer, esse exemplo de (rebelde) realista.
Enfim, não é tão bom como o emprego que Gerard Schroeder arranjou (mas esse nunca se meteu em rebeldias, sempre foi muito atilado), mas também não é nada para deitar fora e tem um outro prestígio intelectual.
O mais interessante, porém, é a moral da história (com letra pequena): mesmo os jovens rebeldes, se tiverem bom coração e alma pura, voltam ao bom caminho. Tem sido este o percurso de tantos e tantos e tantos jovens rebeldes por todo o lado. E também em Portugal. Exemplo máximo entre nós é certamente o Presidente da Comissão Europeia: umas rapaziadas aos 18 anos, precisamente devido à generosidade do seu coração, não o impediram de tornar-se um homem realista, um dirigente nacional e internacional, depois de renegado o passado (embora algumas vezes lembrado com uma nota de ternura talvez ainda juvenil).
Aliás, a vida portuguesa actual está cheia destes ex-jovens rebeldes: pontificam na política, na comunicação social, na cultura e até no "mundo empresarial". Hoje praticam e pregam o "realismo". Para eles, em resumo, o mundo não está tão mal como o pintam (os maus) e não vale a pena "mexer-lhe" que pode ficar pior (para eles). Máxima "ética" desta gente: cada um que trate da vidinha.
E quem sabe tratar da vida safa-se: veja-se o caso de J. Fischer, esse exemplo de (rebelde) realista.