23 outubro 2006
A escolha do vice
O procurador-geral da República foi derrotado na escolha do seu vice. Sinceramente, eu até pensava que o vice fosse da escolha pura e simples do procurdor-geral, sem que o Conselho Superior do Ministério Público aí metesse o bico. Era o que eu pensava, por me parecer lógico. Afinal, não é assim. E, não sendo assim, o Conselho, por maioria, derrotou a opção do procurador-geral.
A solução de o Conselho intervir é criticável. Porém, daí até se ver na decisão do Conselho uma reacção corporativa, vai um grande passo. É que o Conselho é constituído por membros que nem sequer são magistrados, embora estes estejam em maioria. E, sendo assim, quem é que votou contra, nesta votação tão rés-vés?
Para alguns jornalistas foram os procuradores (Júdice, que não é jornalista, mas “opinion maker” e ex-bastonário, escreveu que foram os “subordinados” do procurador-geral).
Para outros jornalistas, foram os procuradores e outros membros do Conselho, também com interesses no Ministério Público – uma forma de dizer que aquilo é tudo a mesma coisa (vide editorial do “Expresso”). Portanto, foi a corporação a resistir ao novo procurador-geral.
Assim vai o jornalismo em Portugal.
A solução de o Conselho intervir é criticável. Porém, daí até se ver na decisão do Conselho uma reacção corporativa, vai um grande passo. É que o Conselho é constituído por membros que nem sequer são magistrados, embora estes estejam em maioria. E, sendo assim, quem é que votou contra, nesta votação tão rés-vés?
Para alguns jornalistas foram os procuradores (Júdice, que não é jornalista, mas “opinion maker” e ex-bastonário, escreveu que foram os “subordinados” do procurador-geral).
Para outros jornalistas, foram os procuradores e outros membros do Conselho, também com interesses no Ministério Público – uma forma de dizer que aquilo é tudo a mesma coisa (vide editorial do “Expresso”). Portanto, foi a corporação a resistir ao novo procurador-geral.
Assim vai o jornalismo em Portugal.