02 dezembro 2008

 

Não, assim não vai poder

Obama era o homem do "sim, podemos", "podemos" não se sabia bem o quê, mas enfim qualquer coisa de melhor do que aquela vil tristeza em que os EUA se estavam afundando.
Tão fundo calou aquela mensagem (tão vazia, afinal!) que até uma pessoa lúcida como Boaventura Sousa Santos chegou a dizer: "Obama tem o privilégio de oferecer ao mundo inteiro um momento glorioso de hegemonia do bem". "Público", 17.11.2008(Todos nós temos os nossos dias maus!)
Agora Obama veio anunciar a sua "equipa". E quem a constitui? A sua adversária na candidatura, mulher de Clinton! Uma senhora que votou a favor da invasão do Iraque e que, se pudesse (ou puder), aniquilava o Irão...
Para a Defesa, mantém-se Robert Gates, e isto vai além de tudo o que se podia imaginar: então ele pode servir dois senhores? Tanto serve para Bush como para Obama?
Depois, há ainda outros secretários, nomeadamente o da Justiça, que vieram da administração Clinton.
É caso para perguntar: não havia mais ninguém disponível? Há assim tanta falta de quadros? Ou pretende-se apenas uma "evolução na continuidade"?
É esta a ruptura esperada, que fazia sonhar alguns com a hegemonia do bem (haverá alguma vez "hegemonia do bem"?).





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