16 novembro 2011

 

A ministra da Justiça


Gostei da entrevista que a ministra da Justiça deu ao «Expresso» no sábado passado. Pareceu-me equilibrada e com respostas certeiras e concisas, desarmando algumas ciladas postas nas perguntas.
O que ela disse é correcto, às vezes mesmo corajoso, e reflecte a sua experiência como política, como advogada e como membro que foi de órgãos de gestão das magistraturas, nomeadamente do Conselho Superior da Magistratura. Raramente se acumula num ministro da área uma tão variada experiência. Isso permite-lhe ter uma visão de conjunto que poucos ministros da Justiça têm demonstrado.
As respostas que deu sobre os vários problemas colocados foram sensatas, comedidas, atacando as áreas sensíveis e revelando não ter medo de atacar os problemas, como é o caso da situação do apoio judiciário, que, na realidade, não está bem e presta-se a manipulações. Toda a gente o sabe. Já o problema dos grandes escritórios de advogados contratados pelo Estado (no fundo, todos querem assoberbar uma parte deste, de uma forma ou de outra) é diferente, porque não diz respeito especificamente ao ministério da Justiça, mas ao governo no seu conjunto.





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