19 abril 2014

 

Manifesto a favor da vida, da salubridade e da decência física e moral


Chegou a vez de atacar os açúcares e outras guloseimas perigosas para a saúde. Para além do álcool e do tabaco, que estão sempre na baila.

A política de austeridade não cuida só das gorduras do Estado. Cuida também, e com afinco, da elegância dos cidadãos, aliás, já atingidos, numa grande parte, como enxúndia do próprio Estado.

Nesse objectivo, procura-se agora fazer com que os nossos compatriotas tenham um físico apresentável, uma forma razoável, taxando-se os alimentos com certos teores de açúcar, sal e outras substâncias e evitando-se, assim, que eles caiam na tentação de menosprezarem a sua  saúde e a sua imagem.

Também será de salientar a Insistente preocupação com o tabaco e o álcool, porque são substâncias nocivas à saúde, para além de serem drogas ligadas à evasão e à obnubilação dos espíritos, principalmente o álcool.

Idem, no que se refere a medicamentos com benzodiazepinas, que criam habituação e que têm vindo a ser cada vez mais usados desde que se entrou em austeridade. Essas substâncias têm efeito emoliente, modificam a percepção real dos problemas e dão sonolência.

Pretende-se, por meio do recurso cada vez mais intenso à biopolítica, criar cidadãos saudáveis, racionais, despertos e inteiramente conscientes. Mesmo que, por efeito das medidas de austeridade, muitos jovens não consigam emprego, muitos adultos o tenham perdido e continuem a perder sem esperança de o readquirir, muitos trabalhadores do sector privado e do sector público tenham perdido parte dos salários, muitos idosos tenham visto desaparecer parte substancial dos seus rendimentos, o que é preciso é que os cidadãos se mantenham perfilados, em boa forma, compostos, peitos para fora e barrigas para dentro, no seu perfeito juízo, para que saibam sempre, em todas as circunstâncias, o que custa a vida.

Por isso, também não é aceitável que se deixem precipitar na depressão e, pior do que isso, se suicidem. Com vista a evitar impulsos dessa natureza, vão ser colocados nas pontes resguardos eficazes e estudar outras medidas que visem prevenir todas as hipóteses de suicídio. Apenas se aceitam mortes naturais.





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