16 setembro 2014

 

Marinho, ele próprio, o mesmo

Começam a ouvir-se algumas vozes a "denunciar" o populisnmo e o oportunismo de Marinho (e) Pinto. O que é de estranhar é que tivesse demorado tanto tempo para que tais vozes surgissem. Na verdade, durante anos, Marinho gozou de boa imprensa, e ainda de melhor televisão. A sua voz tonitruante bradava em todos os canais, denunciando primeiro os magistrados preguiçosos e incompetentes (entre outras coisas), para depois abranger todos os "poderosos", que ele fustigava sem piedade, em nome dos deserdados, do povo sem voz, cuja representação ele assumia, qual "tribuno da plebe", embora sem mandato da mesma. Adquiriu incontestável credibilidade, por incrível que hoje possa parecer, não só junto dos motoristas de táxi, como dentro das próprias "elites", como o comprova a dupla vitória por maioria absoluta nas eleições para a OA (conseguindo ainda fazer eleger a "sucessora" por ele nomeada...). Habilmente capitalizou o crédito adquirido, conseguindo a eleição para eurodeputado. Claro que isso foi apenas um trampolim para outros voos, voos internos, que são os que lhe convêm, porque lá fora ninguém o conhece, nem ele tem preparação para se tornar conhecido no Parlamento Europeu. Por isso tem pressa de voltar, não vá a sua base social de apoio esquecer-se do seu tribuno. Se até hoje Portugal fora poupado ao fenómeno dos partidos populistas, que desde há anos, com diversos matizes, têm subvertido o panorama parlamentar de quase todos os países europeus, agora vamos ter essa experiência: está prometido o aparecimento do partido de Marinho, um partido talhado à sua medida, à medida dos seus interesses. E a coisa pode ser séria, como o revela por exemplo o caso de Bepe Grillo em Itália...





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