07 outubro 2014

 

Um paladino da "guerra justa"

Não vou falar de nenhum imã muçulmano, não. Mas sim de um democrático defensor da imposição à força da "democracia", como "dever moral" do Ocidente, novo "fardo do homem branco". É Michael Ignatieff, que não é russo, é canadiano, mas americano de coração, que agora nos visitou. Ele defendeu todas as intervenções "democráticas" dos EUA e parceiros: no Iraque, no Afeganistão, na Líbia, na Síria (Obama recuou, o que ele não perdoa), também na ex-Jugoslávia, evidentemente. Reconhece, em entrevista ao "Público" (duvido que tenha sido à borla...), que tem havido desastres sucessivos. Mas proclama o sucesso da receita na Bósnia, no Kosovo, em Timor... Bem, eu nunca o ouvi falar de Timor antes, de forma que acho abusivo vir agora invocar esse exemplo (aliás o processo de Timor foi conduzido pela ONU, não pela NATO...). Quanto à Bósnia e ao Kosovo, é preciso ter lata para os apontar como "exemplos" de democracia... Enfim, Ignatieff lá continua (como o Tony B., este agora mais contido, e outros "engenheiros da democracia") pelo mundo fora a vender a sua banha de cobra a quem a quer comprar.





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