01 fevereiro 2007

 

Educação sexual para a castidade?

Com o devido respeito pelo Cardeal Policarpo, parece-me absolutamente peregrina a ideia de uma educação sexual orientada na "perspectiva da castidade". Seria como andar em aulas de condução para aprender a não conduzir... Aprende-se um saber para o praticar (com sabedoria, evidentemente, por isso se aprende), não para o evitar.
Mas esta posição revele afinal que a Igreja (a hierarquia) parece estar como dantes. O horror ao sexo é algo de medonho, é a renúncia ao que há de mais humano em nós: o Eros (na formulação freudiana), ou seja, a afectividade partilhada, a alegria, a criação, a vida. O adversário de Eros é Thanatos, a destruição, a morte.
A educação sexual deve ser a educação para seguir o Eros. Para formar pessoas que encarem saudavelmente o sexo, enquanto parcela nuclear da nossa vida humana, essencial ao livre desenvolvimento da nossa personalidade.





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